Pesquisa para vagas parlamentares acende luzes de alerta e ânimo, sinalizando que o jogo para 2026 está aberto

Outubro 3, 2025 - 21:57
Pesquisa para vagas parlamentares acende luzes de alerta e ânimo, sinalizando que o jogo para 2026 está aberto
Contar, Gerson e Vander encostam em Nelsinho e entram em cena, Carlos Bernardo, Gerson, Mara, Landmark e Marquinhos Trad

Os mais de 1.961 nil eleitores de Mato Grosso do Sul irão às urnas em 2026 para escolher os próximos titulares de duas cadeiras no Senado, 08 na Câmara Federal e 24 na Assembleia Legislativa (Alems). A um ano da eleição, muitas pré-candidaturas já estão em cena, submetendo-se a uma espécie de teste diante das pesquisas pré-eleitorais, que começam a desenhar tendências e fotografar as flutuações neste intrigante contexto das probabilidades matemáticas.

As diversas amostragens sobre intenções de voto que vêm sendo feitas desde o início do ano, sinalizam cenários semelhantes, apontando os nomes mais e menos citados na preferência do eleitorado sul-mato-grossense. No entanto, este panoramao acaba de sofrer significativas modificações. Números do levantamento mais recente, divulgado pelo Idope, indicam que as disputas para o Senado, Alems e Câmara Federal já apresentam equilíbrio em posições até então sob domínio absoluto de algumas candidaturas.

SENADO – O confronto pelas vagas do Senado continua com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) dominando a preferência por uma das vagas. Já a segunda vaga, até então considerada mais próxima do senador Nelsinho Trad (PSD), que quer a reeleição, passa a ser buscada mais de perto pelo deputado federal Vander Loubet (PT). Em princípio, o palanque de Azambuja teria, em princípio, Nelsinho como companheiro de chapa. Mas a ala bolsonarista prefere um nome do PL, que por enquanto é o da vice-prefeita de Dourados, Giani Nogueira.

O avanço de Loubet e a queda de Nelsinho podem ser explicados por questões e episódios determinantes, além dos méritos ou deméritos que cada um deixou à vista do eleitor. Um fato é inquestionável: em todo o País o ambiente político nos últimos dois mesestem sido ocupado por posições sobre o mesmo tema que soam negativamente para a direita e o bolsonarismo, mas repercutem positivamente para as forças de apoio ao presidente Lula.

A vinculação escancarada entre a direita e pautas como a PEC da Blindagem (ou da Bandidagem) e o apoio às sanções norte-americanas contra o Brasil fez profundos ferimentos na base bolsonarista, inclusive em estados e cidades onde o ex-presidente tem a maioria dos votantes. E, logicamente, os partidos e lideranças que remaram na corrente contrária, em defesa da democracia e da soberania brasileira, cresceram no conceito da sociedade.

O reflexo desse tabuleiro está na pesquisa quantitativa do Idope, feita em 25 municípios de 20 a 30 de setembro. Foram ouvidas 3.655 pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é de 2%, para mais ou para menos, e o grau de confiança 95%. Na espontânea, Azambuja lidera com 14,13%. O segundo é Nelsinho, com 8,19%, entretanto sete rivais já estão na sua cola: Contar (7,74%), Gerson Claro (5,81%), Simone Tebet (5,55%), Vander (5,51%), Soraya Thronicke (5,44%) e Marcos Pollon (5,43%). Os votos brancos e nulos são 17,47%.

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Na estimulada, Azambuja tem 23,42% e mantém a dianteira, ainda sem sobressaltos. Contudo, com 12,76%, Nelsinho já teve sua vantagem reduzida e está acossado por Vander (8,55%), nas cercanias do empate técnico. Depois, os mais próximos são Pollon (8,52%), Gerson (8,42), Soraya (8,31%) e Simone (7,96%). Os brancos e nulos somam 17,56%. Tereza Cristina foi citada, mas já é senadora e, portanto, não disputará as eleições de 2026.

BERNARDO, A NOVIDADE – Dos pré e possíveis candidatos à Câmara dos Deputados, a principal novidade entre os 10 primeiros (com 1% ou mais de citações) é o empresário Carlos Bernardo (PT), de Ponta Porã. CEO da Universidade Central do Paraguai (UCP), de Pedro Juan Caballero, ele se candidatou ao mesmo cargo em 2022, e a prefeito, em 2024. A diferença é que ele, por uma decisão ética, limitou sua atuação apenas à região de fronteira, não investiu fortemente na massificação de seu nome em todo o Estado.

Só agora Carlos Bernardo começa a projetar-se em outras regiões, prestando contas, falando de seu trabalho como investidor vitorioso no ensino superior (Medicina) e prestigiado por líderes como o presidente Lula, Vander e o ex-governador Zeca do PT. Enquanto isso, as outras nove candidaturas (das 10 primeiras do ranking) são de políticos que acumulam mandatos, mais conhecidos no Estado e gozam de presença midiática nos 79 municípios.

Segundo o levantamento espontâneo do Idop, Contar é o líder da preferência para deputado federal, com 3,01% e Rose Modesto (2,37%) é a segunda colocada. Em seguida aparecem Pollon (2,6%), Beto Pereira (1,96%), Vander, que deve ser candidato ao Senado (1,93%), Geraldo Resende (1,71%), Mara Caseiro (1,64%), Rodolfo Nogueira (1,42%), Dagoberto Nogueira (1,42%) e Carlos Bernardo (1,31%).

Se Vander não for incluído como candidato, a 10ª posição fica com Luiz Ovando (0,93%) e a 11ª com Camila Jara (0,92%), ambos abaixo de 1%. Detalhe: dos 12 nomes citados, só Carlos Bernardo não tem e nunca teve mandato político. Os brancos e nulos somam 13,05% e os indecisos, 53,35%.

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Na estimulada, Contar se mantém na ponta (4,82%), seguido por Rose (3,21%), Pollon (2,87%), Beto (2,85%), Resende (2,67%) e Mara (2,30%). Aí acontecem duas mudanças, saindo Vander (disputará o Senado) e Rodolfo (1,77%), que cai para o 11º lugar. Entram em seus lugares Neno Razuk (2,26%), em 7%, e Camila Jara (2,02%), em 9º, ao passo que Carlos Bernardo mantém sua posição entre os 10 mais citados. Os brancos e nulos são 13,12% e os indecisos 39,97%.

DEPUTADOS ESTADUAIS – Para deputado estadual, o Idop trouxe algumas confirmações, entre elas a liderança confortável de André Puccinelli (4,09%) e posições consolidadas, como as de Gerson Claro, Zé Teixeira e Zeca do PT. Novidades, contudo, não poderiam faltar. Elas vão da direita (Marco Santullo, do PP) à esquerda (Landmark Rios e Jean Ferreira, vereadores do PT.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como é uma eleição muito pulverizada e sob influência dos votos domésticos, é normal a citação de centenas de nomes pelos eleitores. E o bom senso sugere que para 24 vagas, um ranking com 50 nomes poderia oferecer uma fotografia momentânea sobre possibilidades reais. O caso de Landmark é sintomático. Ele se elegeu vereador apoiado pelo amigo e correligionário Vander Loubet.

Marinho de primeira viagem – assim como o colega Jean -, ele não esperou para mostrar sua vocação. Assumiu posições arrojadas, buscou os debates mais complexos, ofereceu projetos e iniciativcas de grande alcance social, e rapidamente chamou a atenção dos campograndenses para seu mandato. Ele e os outros dois petistas da Câmara – Jean e Luiza Ribeiro – muitas vezes são vozes quase isoladas, não fosse a presença de outro vereador, mais experiente e que também é um dos destaques neste levantamento: Marquinhos Trad (PDT).

Na espontânea, 14 nomes tiveram mais de 1% de intenções de voto. São eles: Puccinelli, Zé Teixeira (1,72%), Ângelo Guerreiro (1,55%), Zeca (1,40), Gerson (1,35%), Razuk (1,25%), Hélio Peluffo (1,18%), Sílvio Pitu (1,15%), Marquinhos (1,13%), Lídio Lopes (1,10%), Paulo Duarte (1,07%), Jamílson Name (1,05%), João Catan (1,05%) e Pedro Caravina (1,02%). Com 0,28%, Landmark ficou na 48ª posição, portanto, entre os 50 melhor posicionados no ranking.Os indecisos são 43,20% e os brancos e nulos 13,47%.