Perícia conclui que não houve estupro denunciado em hospital de MG

Paciente afirma que encontrou vestígios de esperma no próprio corpo e nas roupas que utilizava após procedimento cirúrgico

Perícia conclui que não houve estupro denunciado em hospital de MG

A perícia da Polícia Civil concluiu que a denúncia de abuso sexual contra o Hospital Mater Dei, registrada nessa segunda-feira (8), é infundada, segundo comunicado da rede de saúde. Segundo a corporação, as investigações ainda não foram concluídas devido à complexidade do caso.

Na ocasião, uma mulher de 38 anos afirmou ter encontrado vestígios de esperma no próprio corpo e nas roupas, horas após uma cirurgia.

Em pronunciamento enviado à imprensa nesta quinta-feira (11), a Rede Mater Dei de Saúde afirma que as perícias do IML (Instituto Médico Legal) concluíram que não havia resíduos de esperma ou indícios de violência física na paciente. Assim, ela não teria sido abusada nas dependências do hospital.

“Todos os possíveis indícios de abuso sexual foram avaliados e negativados. A paciente não apresentava sinais de violência física e não foram identificados indícios espermáticos (de sêmen) nem de PSA (Antígeno Prostático Específico) no líquido viscoso presente no corpo da paciente”, diz o comunicado (leia abaixo na íntegra).

Relembre a denúncia

De acordo com o boletim policial que a mulher registrou, ela fez um procedimento cirúrgico na tarde da segunda-feira. Já no quarto da unidade de saúde, no período noturno, notou um líquido parecido a sêmen na hora de urinar. O marido da paciente confirmou a versão e o casal denunciou o suposto estupro.

À PM, a mulher disse que foi levada para a sala de cirurgia por uma enfermeira e não sabe dizer se ela permaneceu no ambiente. Após acordar da sedação, na sala de recuperação, ela identificou outras pessoas, mas não viu o cirurgião.

Na versão de uma enfermeira, o marido da vítima perguntou se ela poderia caminhar até o banheiro para urinar, já por volta das 18h45. Cerca de cinco minutos depois, o homem chegou “desesperado” na enfermagem, gritando que a esposa havia sido estuprada.

Ainda conforme a vítima, seu shorts estava furado e com esperma. Ela disse à PM que não apresentava secreções vaginais antes da cirurgia e que a última relação sexual ocorreu na quarta-feira (3).

Procedimento correu ‘conforme o planejado’

Após ouvir a denúncia, a enfermeira acionou a supervisão do Mater Dei. A unidade hospitalar explicou que os pacientes nunca ficam sozinhos e que, depois da cirurgia, a paciente foi levada para a sala de recuperação.

Em contato com os militares, o cirurgião também afirmou que o procedimento correu “conforme planejado”, na presença de toda a equipe.

No comunicado, a Rede Mater Dei lamentou os “impactos negativos” que a denúncia provocou ao corpo médico da unidade e aos demais pacientes.

“Ao longo de quatro décadas, perseguimos os valores de respeito ao paciente, fundamentado em um atendimento humanizado e extremamente responsável, acreditado pelas mais rigorosas comissões internacionais de segurança ao paciente”, afirma Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei.  

Em vídeo publicado nas redes sociais do hospital, o presidente reforça que o laudo pericial comprovou a inocência da casa de saúde.

“O laudo da perícia técnica foi muito claro ao demonstrar que não havia resíduo de esperma e nenhum vestígio de violência sexual na paciente, que foi examinada por uma perita oficial”, afirma Salvador.

O BHAZ entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda mais detalhes sobre as investigações.

Nota do Mater Dei na íntegra

“Após investigação policial sobre suposto abuso sexual no hospital Mater Dei Contorno, em Belo Horizonte, a perícia concluiu que a paciente não sofreu estupro. Todos os possíveis indícios de abuso sexual foram avaliados e negativados. A paciente não apresentava sinais de violência física e não foram identificados indícios espermáticos (de semên) nem de PSA (Antígeno Prostático Específico) no líquido viscoso presente no corpo da paciente.  

A Rede Mater Dei lamenta o ocorrido e os impactos negativos que a denúncia provocou ao corpo médico do hospital e aos demais pacientes da Rede. “Ao longo de quatro décadas, perseguimos os valores de respeito ao paciente, fundamentado em um atendimento humanizado e extremamente responsável, acreditado pelas mais rigorosas comissões internacionais de segurança ao paciente”, afirma Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei de Saúde. 

A Rede Mater Dei de Saúde informa que segue criteriosamente as normas internacionais de segurança e possui a acreditação hospitalar da Joint Comission International (JCI), líder mundial em acreditação de saúde, que comprova que Mater Dei cumpre o mais alto padrão de protocolos de segurança do paciente.  

Com uma trajetória de mais de 40 anos de serviços prestados à comunidade, a Rede Mater Dei de Saúde mantém elevados níveis de excelência e credibilidade, permanecendo como uma referência em atendimento médico-hospitalar. 

A Rede Mater Dei manifesta sua preocupação com análises não baseadas em exames periciais acerca dos fatos ocorridos e repudia qualquer ação que contrarie o senso de responsabilidade e a segurança de seus pacientes.”

 

 

Fonte: https://bhaz.com.br/noticias/bh/pericia-conclui-que-nao-houve-estupro-denunciado-por-paciente-do-mater-dei-diz-hospital/?utm_source=Metr%C3%B3poles