Pré-candidato a deputado federal, Carlos Bernardo diz que sua plataforma terá foco na educação de qualidade

Ele falou ao programa “Bronca do Eli” direto de Pedro Juan Caballero criou o curso de Medicina na UCP – Universidade Central do Paraguai

Pré-candidato a deputado federal, Carlos Bernardo diz que sua plataforma terá foco na educação de qualidade

Criador do curso de Medicina na Universidade Central do Paraguai – UCP -, em Pedro Juan Caballero, cidade-irmã de ponta Porã, o empresário Carlos Bernardo confirmou sua pré-candidatura ao cargo de deputado federal pelo MDB do ex-governador André Puccinelli que é o pré-candidato do partido ao Governo do Estado.

Em Pedro Juan Caballero, Capital do Departamento de Amambay (o mesmo que estado), Carlos Bernardes foi entrevistado pelo jornalista e radialista Eli Sousa durante a realização da Festa Junina da UCP que reuniu uma grande multidão para comemorar no mais autêntico estilo folclórico-religioso que o evento merece.

Ao radialista Eli Sousa, ele afirmou que, a despeito da pandemia do Novo Coronavírus, houve aumento de procura pelos cursos oferecidos n UCP. “Ultrapassamos a pandemia com perdas de faturamento e não perdas de alunos. Pelo contrário, tivemos uma boa entrada de alunos na nossa universidade quando estávamos no sistema Ensino à Distância (EAD). Quando voltamos, no ano passado, já voltamos ‘Full’ presencial. Temos hoje cerca de 10 mil alunos em Medicina na UCP”, relata Carlos Bernardo.

O empresário abordou as diferenças exorbitantes no preço do curso de Medicina entre o Paraguai e o Brasil. Segundo Carlos Bernardo, no Paraguai o valor pago pelos acadêmicos tem uma diferença de 80% em relação ao valor cobrado no território brasileiro. “No Paraguai o curso custa em média é de R$ 1.600 reais, começando com R$ 1.300,00 até chegar a R$ 1.900,00. Considerando o custo moradia, o gasto do aluno é cerca de R$ R$ 3.500,00. No Brasil o valor pode chegar a custar R$ 15.000,00 reais para cursar medicina”, enfatiza.

Ainda sobre esse assunto, Carlos Bernardo frisa que, “as diferenças entre os dois países são gritantes, uma vez que no Brasil existem universidades cobrando R$ 15 mil reais com qualidade inferior à nossa” relata. “Aqui na UCP, o aluno entra às 7h da manhã e muitas vezes segue até as 22h” diz para em seguida lembrar que “o corpo humano é igual em qualquer lugar do mundo, assim como os livros são todos iguais também”.

Carlos Bernardo comenta o desejo de organizar a montanha de entraves quer impedem que milhares de brasileiros não tenham acesso à profissão que almejam exercer após formado por um curso superior.

Ele também diz querer arrumar as chaves para quebrar os entraves que tanto prejudicam a população brasileira no seu bem mais precioso que é a saúde. “O povo não é bem cuidado no atendimento prestado pelo do SUS, onde muito dinheiro acaba desviado através do preenchimento de falsas planilhas de atendimento”.

Para ele, isso ocorre devido a política brasileira de não criação de novas faculdades de Medicina no Brasil. “Eu sempre digo que a educação é o futuro de uma nação porque quanto mais o país for integrado por analfabeto, esse povo mais fácil será dominado”, declara empresário.

Carlos Bernardo destaca as dificuldades burocráticas que vem sofrendo há dois anos, na tentativa de trazer a UCP para o Brasil. “São tantos entraves burocráticos que não conseguimos caminhar e criar a universidade no país” denuncia.

REVALIDA – Questionado sobre o Revalida, Carlos Bernardo pontuou que “estamos em pleno século 21 e passamos por uma situação arcaica dessa, onde o Revalida foi criado para dificultar a entrada de brasileiros nos cursos de Medicina de outros países, uma vez que ao terminar a faculdade em outro país e tentar voltar para o Brasil os alunos não conseguem fazer o Revalida e ter a autorização para trabalhar na saúde do seu povo”.

MAIOR FESTA JUNINA DA FRONTEIRA – “A nossa festa superou todas as expectativas, não eram apenas famílias de Pedro Juan Caballero, foram cerca de 6 mil pessoas, alunos de Medicina, amigos e familiares que estiveram presentes para prestigiar o nosso evento. Quero agradecer a todos os funcionários, equipe da UCP e todos que estiveram presentes. É a maior do Paraguai e tirando o município de Jateí, em Mato Grosso do Sul, e o Nordeste do Brasil, a nossa festa foi a maior” comenta um enfático e orgulhoso Carlos Bernardo.

PRÉ – CANDIDATURA – Com relação à sua pré-candidatura a deputado federal, o empresário afirma que recebeu o apoio do pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. “Ele nos deu apoio para trabalhar a favor dos alunos de Medicina e buscando fazer do Revalida uma prova que traga a oportunidade para os brasileiros que vão estudar fora de retornarem ao seu país para trabalhar na saúde do seu povo”.

Sobre as greves que sempre acontecem nas universidades federais, Carlos Bernardo pontua que “aqueles que reclamam de salário são os que nem comparecem a universidade na verdade, os que vão dar aulas normalmente são os professores substitutos e quando eles vão pedir a aposentadoria, eles pedem a averbação do tempo de estudo, que no Brasil demora cerca de 8 a 10 anos para se formar em Medicina por conta dessas paralisações. Quando o Bolsonaro retirou cerca de 20% a 30% dos recursos da educação ninguém foi fazer greve ou paralisação, porque o presidente disse que iria soltar a lista com o valor de quanto cada um recebia para mostrar que não era necessária a greve. Então não houve paralisação”, diz.

NO CONGRESSO NACIONAL – “Eu não sou muito de usar tribuna, porque falar até papagaio fala, você tem que ter ação. Sendo eleito, eu vou formar o meu bando de andorinha lá dentro e não vou ser sozinho, vou alugar uma casa, vou ter o meu grupo, para trabalhar em cima de todos os projetos para apresentar e votar em conjunto. Eu não vou ser o patinho feio que vai levar paulada, eu vou apresentar projetos e votar em projetos de qualidade” diz e prossegue: “Não preciso ficar catando migalhas, até porque tenho os meus empreendimentos no Paraguai que me dão essa segurança, quero fazer o certo para o Brasil e os estudantes de Medicina”.

Carlos Bernardo fala sobre a falta de um hospital de referência em Ponta Porã. “Aqui não tem um hospital de referência. Esse hospital que tem é interessante a denominação ‘Hospital Regional Binacional’. Ele é administrado por brasileiros e paraguaios, um paraguaio que não pode ser atendido no Brasil e um brasileiro que não pode ser atendido no Paraguai relata.

Segundo ele, o caos que vive a Medicina não é culpa dos prefeitos. “A culpa é dos responsáveis federais, porque na fronteira existe essa discriminação. Temos que buscar recursos do Fonplata, recursos federais, e não é apenas para construção do hospital. São necessários recursos para o custeio, o pagamento de insumos e funcionários. Isso não é história, a saúde pública depende da corrida dos políticos para conseguir esses recursos. Seria um hospital-escola, para atender a população e os alunos de Medicina” conclui.

 

Fonte: https://impactomais.com.br/politica/pre-candidato-a-deputado-federal-carlos-bernardo-diz-que-sua-plataforma-tera-foco-na-educacao-de-qualidade/